domingo, 6 de fevereiro de 2005

Fetiche*


O corpo, não.
Os significados;
a possibilidade do
seiobjeto
conter a fantasia;
a parte
pelo todo:
o tomo.

A palavra, não.
Os significantes;
a possibilidade do
verbobjeto
conter a utopia;
a metátese:
o poema nunca
se diz
todo.

Sandra R. S. Baldessin

Imagem disponível em: www.ayaranda.es/.http://sandraregina.multiply.com/ cincosentidos.shtm
essa medalha representa o sexto-sentido. Nas palavras do autor, Carmelo de la Fuente: "La intuición y la contemplación profundas en forma de mujer, con figura de interrogante. Llenando todo, el túnel de la vida y de la libertad creativa."

10 comentários:

AluiZio Derizans disse...

Vou esperar outros

Sandra Baldessin disse...

tá bom, Aluizio, eu vou publicando devagarinho...

XXXX YYYY disse...

"o poema nunca
se diz
todo."

Calha, às vezes, de dizer tudo, conquanto não o diga todo. O exemplo está nestes três versos.
Gostei muito.

Beijão.

Sandra Baldessin disse...

obrigada, querido, sua opinião me importa muito.
besito

Ricardo de Almeida Rocha disse...

dizendo-o de modo academico (mais enfadonho mas mais claro tb -), se "se dissesse todo", já naun seria um poema... =)

"a parte pelo todo:
o tomo."bonito isso...

bjoca

XXXX YYYY disse...

Sandra, você sabe das coisas.

Eliana Mora disse...

Sandra querida

Ainda não "degustei" como devo; mas devo dizer que deve ser uma bela [e super introspectiva] série. Bom que o poema jamais se acabe.
beijos

Sandra Baldessin disse...

obrigada, Ricardo.

Sandra Baldessin disse...

sei não, Joze, só imagino...

Sandra Baldessin disse...

obrigada, querida; você tem razão, são poemas mais introspectivos; eu vou publicando aos pouquinhos.
besito.