terça-feira, 9 de agosto de 2005

Destino


Uma vez que não


posso arbitrar sobre


minha vida,


passo a vivê-la


pela metade.


 


Quem sabe do meu


destino


não sou eu.


É o outro.


Quem me assalta na esquina


é dono da minha vida


 


Me faz desaparecer


apaga minha memória.


 


Quem quiser,


mata-me sem perguntas,


 ou desculpas!


 


Sandra B.


 


* transcriado a partir de um texto em prosa de Nélida Piñon – “O Jardim das Oliveiras”/ O Calor das Coisas – 1997


 


 

6 comentários:

Nelson :-P disse...

Cada um arbitra sobre seu destino sim.

AluiZio Derizans disse...

Quem quiser,

mata-me sem perguntas,

ou desculpas!


Com certeza!!!

Sandra Baldessin disse...

Não tenho tanta certeza disso, Nel, aliás, eu sou o princípio da incerteza encarnado, muito prazer. rsrs
De qq forma, o texto é de Nélida (praticamente minha guru literária), eu só poetizei, por assim dizer...
besito, amigo

Sandra Baldessin disse...

bem, meu amigo, como eu disse para o Nel: só cultivo as flores da incerteza: sou filha do meu tempo.
beso

Eliana Mora disse...

é: esta pessoa torna-se o dono [a] de um bem que possui valor maior - o valor que não sabe dar a si mesmo.

besos

Sandra Baldessin disse...

é isso: vc sempre acerta.
beso, querida.