Uma vez que não
posso arbitrar sobre
minha vida,
passo a vivê-la
pela metade.
Quem sabe do meu
destino
não sou eu.
É o outro.
Quem me assalta na esquina
é dono da minha vida
Me faz desaparecer
apaga minha memória.
Quem quiser,
mata-me sem perguntas,
ou desculpas!
Sandra B.
* transcriado a partir de um texto em prosa de Nélida Piñon – “O Jardim das Oliveiras”/ O Calor das Coisas – 1997
6 comentários:
Cada um arbitra sobre seu destino sim.
Quem quiser,
mata-me sem perguntas,
ou desculpas!
Com certeza!!!
Não tenho tanta certeza disso, Nel, aliás, eu sou o princípio da incerteza encarnado, muito prazer. rsrs
De qq forma, o texto é de Nélida (praticamente minha guru literária), eu só poetizei, por assim dizer...
besito, amigo
bem, meu amigo, como eu disse para o Nel: só cultivo as flores da incerteza: sou filha do meu tempo.
beso
é: esta pessoa torna-se o dono [a] de um bem que possui valor maior - o valor que não sabe dar a si mesmo.
besos
é isso: vc sempre acerta.
beso, querida.
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