sábado, 16 de julho de 2005

A vingança dos objetos (novos cantos)


a cidade

interminável

rua história rio

e nós

desatados navegando

escuros pomares.

 

...

 

a cidade já

não procura nossas

esquinas

páginas virgens

onde

nos escrevemos

beijos

 

...

 

guardou-nos

o retrato

 

(como a cidade

cresceu!)

 

inútil procurar-nos

no enredo das

esquinas

 

as avenidas

orfanadas

de nossa sede

pendem secas

dos nossos olhos

 

 

Sandra B., 2005

 

imagem: "Le baiser" - Klimt. Captado em www.lemondedesarts.com

 

12 comentários:

Felipe Coelho disse...

Belo poema!
A cidade nos esquece - prédios surgem, lojas fecham, amigos se mudam - ela pende seca de nossos olhos. As ruas passam a ser ruas apenas e não mais celeiros de memórias...
A cidade nos esquece mas nós não a esquecemos e isso é o que importa!
Beijos, Felipe

Sandra Baldessin disse...

obrigada, Felipe, pela visita.
besito

Valerio Pregnolato disse...

A cidade vive em transformação. FFIcou lindo este poema. Beijos, Valerio Pregnolato.

Ana Vivas disse...

Sandra qeurida,
tua pagina esta linda com um novo visual ( sei que não venho aqui tem muito tempo),
tudo sensacional, e " A Cidade" esta sensacional
grata por ser minha amiga
ana vivas

Sandra Baldessin disse...

obrigada, Valério.
besito

Sandra Baldessin disse...

obrigada, ana, por sua visita e delicadeza de sempre.
besos

Adair CJ. disse...

outro belo poema: a última estrofe então...

Jose Liborio disse...

É...vc tem toda razão... Tenho percebido isso também... Não sei se feliz ou infelizmente, mas são coisas da vida... Bom estar aqui mais uma vez... Beijos!

Sandra Baldessin disse...

seu comentário me alegra... também acho que esses versos são o coração do poema...
beso, poeta

Sandra Baldessin disse...

gracías pela visita, eu gosto quando vc vem.
besito

Eliana Mora disse...

uma pequena ode aos nossos sufocantes dias - belas palavras arrematam todos os versos - em meio ao deserto de amor [imaginário]
Gostei.

besos

Sandra Baldessin disse...

você sempre mata as charadas...rsrs
besito, querida