sábado, 15 de janeiro de 2005

À Diva

À Diva

Das estilhas de
Maria
espalhadas
pelo chão
brotaram
canários.

Das veias
coléricas
fluiu sangue
musical,
ira traduzida
em harmonia.

Das tantas
mulheres
silentes
vazou a diva:
voz que não
se Callas.


Sandra R. S. Baldessin


6 comentários:

XXXX YYYY disse...

Muito bom, Sandra.

Beijos

Pedro Wendl Prasil disse...

lindo demais sandra......que alegria ler isto!
...privilégios de poucos!

Sandra Baldessin disse...

fico feliz que goste dos meus poemas... tb gosto muito do seu trabalho com imagens.
besito

Herbert Farias disse...

Belíssimo poema. Pobre Diva vítima de Adonis. Ouçamos a Callas eterna.
Abraço, Herbert

Herbert Farias disse...

Na verdade, Narciso, e nao Adonis. Detenha a guilhotina, que já me cai sobre a cabeça confusa.
Herbert

Sandra Baldessin disse...

Olá Herbert, obrigada pela visita. Quanto à guilhotina, não se preocupe, eu sou mulher, prefiro os venenos...rsrs
beso